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Todas as cores do mundo estão entre preto e branco: O filme vencedor do prêmio Teddy no Festival de Berlim 2023

Um romance proibido entre dois nigerianos inspira a obra que desbancou outros concorrentes LGBT+ em país que condena homossexuais à morte

Um romance proibido entre dois nigerianos venceu o Teddy, prêmio dado à melhor produção com conteúdo LGBT no Festival de Berlim 2023. O filme intitulado “Todas as cores do mundo estão entre preto e branco” foi dirigido por Babatunde Apalowo e é estrelado por Tope Tedela e Riyo David.

A história do filme começa em Lagos, onde os dois protagonistas se conhecem em uma competição de fotografia. Eles desenvolvem uma afeição ainda maior entre eles, mas precisam manter tudo em segredo devido à criminalização da homossexualidade na Nigéria.

Com o Teddy, o filme conquistou um dos mais prestigiados prêmios da indústria cinematográfica mundial, o que o torna uma produção imperdível para quem busca um conteúdo envolvente e sensível sobre relacionamentos homoafetivos.

A Nigéria é um dos 11 países do mundo que pune a homossexualidade com pena de morte. Por isso, o filme também se destaca por trazer à tona a realidade vivida pelos LGBTs em diversos países que ainda não respeitam a diversidade sexual.

O Teddy é um prêmio que valoriza a produção de filmes que abordam temas relevantes e que ainda são pouco explorados no cinema convencional. O fato de “Todas as cores do mundo estão entre preto e branco” ter recebido esse prêmio é um sinal de que a sociedade está mudando e que as produções cinematográficas também estão acompanhando essa evolução.

Além de “Todas as cores do mundo estão entre preto e branco”, outros filmes também foram premiados no Festival de Berlim deste ano. O melhor documentário, por exemplo, foi “Orlando: My Political Biography”, de Paul B. Preciado.

No Brasil, três produções já receberam o Teddy de melhor filme: “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro, em 2014; “Tinta Bruta”, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, em 2016; e “Três Tigres Tristes”, de Gustavo Vinagre, em 2022 – este, ainda inédito no circuito comercial brasileiro.

O cinema tem o poder de sensibilizar e conscientizar as pessoas sobre questões sociais importantes. E, quando falamos sobre a representatividade LGBT no cinema, é fundamental que haja uma maior inclusão dessas histórias nas produções cinematográficas.

Por isso, é fundamental que iniciativas como o Teddy sejam valorizadas e que mais produções com conteúdo LGBT sejam feitas e reconhecidas, para que a representatividade dessas histórias possa ser ampliada cada vez mais.

Por fim, o sucesso de “Todas as cores do mundo estão entre preto e branco” mostra que há um público ávido por histórias que retratem a realidade vivida pelos LGBTs em todo o mundo. E, com isso, é possível também quebrar preconceitos e promover a aceitação da diversidade sexual.

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Willamys Guthyers

• Joralista • Ativista LGBTQIAPN+ • Copywriter • Analista de Marketing Digital

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