Para aqueles que assistiram o desenho animado Avatar – A lenda de Aang adoraram saber sobre a continuidade da série animada com “Avatar – A lenda de Korra” que muitos dizem ser ainda melhor do que o primeiro. A revolução do desenho iniciou com uma avatar mulher não caucasiana (branca) como personagem principal, o que não é muito visto em série animadas tradicionais, porém, a revolução não ficou apenas nisso, no final da história a personagem se apaixona por sua rival e deixa claro que é bissexual.
A série animada foi criada para o público adulto que cresceu assistindo o desenho avatar, e por isso que em uma matéria escrita por Merrill Barr na renomada revista Forbes, alegam que o série animada havia criado um novo gênero televisivo o “drama animado”. Tanto Korra quanto Asami tinham sentimentos por Mako, sendo praticamente um triângulo amoroso, o fim da série mostra as duas juntas desbravando o mundo espiritual.
O episódio final da série animada foi ao ar no dia 19 de dezembro de 2014, e os fãs ficaram curiosos em saber se a personagem era mesmo lésbica, fizeram diversos comentários nos grupos de discussão e em várias redes sociais até que os criadores da série assumiram que realmente Korra fazia parte dos personagens LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) do mundo.
“Nossa intenção com a última cena foi deixar o mais claro possível que sim, Korra e Asami têm sentimentos românticos uma pela outra”, escreveu o co-criador Michael Dante DiMartino em um post no Tumblr.
O outro criador da personagem, Bryan Konietzko, foi além na mesma rede social escreveu: “Você pode celebrar isso, abraçar, aceitar, superar, ou o que quer que sentir necessidade de fazer, mas não há como negar isso. Essa é a história oficial. Korra e Asami se apaixonaram. Eram amigas? Sim, e elas ainda são, mas também passaram a ter sentimentos românticos uma pela outra. Mike e eu fizemos tanto ‘Avatar’ quanto ‘Korra’ para nós, em primeiro lugar. Mas esta decisão em particular não só foi feita para nós. Fizemos isso para todos os nossos amigos gays, familiares e colegas. Nossos meios de comunicação (incluindo mídias para crianças) estão muito defasados, ao tratarem as pessoas não-heterossexuais como inexistentes, ou como algo meramente a ser ridicularizado. A única coisa que lamento é que demoramos tanto tempo para ter esse tipo de representação em uma de nossas histórias.”
A série foi muito difícil para seus criadores, por causa de seu contexto adulto, teve seu horário modificado dos sábados pela manhã para o horário da noite, a influência nem sempre era alta nas primeiras temporadas por causa dos vazamentos de episódios. Mas tudo isso se somou a uma vontade enorme de assistir a uma série “proibida”, foi muito complexo para a Nickelodeon deixar que a série continuasse com tanta coisa acontecendo, mas por fim tudo deu certo e Korra é um sucesso.
Geralmente no final o herói sempre acaba com a mocinha, nesse caso não, a série mostra Korra e Asami juntas indo em direção ao por do sol (um portal para o mundo espiritual), no fim do último livro de Avatar a útima cena teve o beijo de Aang com Katara.
Em uma parte do seu texto no tumblr Bryan Konietzko escreveu “Apesar do que você ouviu por aí, pessoas bissexuais são reais!”
Avatar – A lenda de Korra foi um grande desenho, um divisor de águas de seu segmento, a partir dele os criadores de séries animadas passaram a ver com outros olhares as histórias apresentadas. Um drama animado que conquistou todo mundo com uma história de um relacionamento entre duas mulheres e um homem.
