Por muito tempo no Brasil, o direito de pessoas LGBT+ casarem foi negado, até que em 2011 o STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou por unanimidade que casais do mesmo sexo poderiam casar e constituir uma família. Logo após, a comunidade LGBT+ teve outro problema, alguns cartórios não queriam fazer a conversão de união estável em casamento. Foi quando em 2013 o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) determinou que todos os cartórios realizassem a união estável e o casamento civíl.
Apesar de ainda não ser uma lei federal, o casamento é garantido pela justiça, ou seja, a comunidade LGBT+ ainda tem alguns passos a dar, mesmo parecendo que não é necessário, traz um respaldo legal bem maior quando o assunto é união entre pessoas do mesmo sexo. Ainda assim, é muito pouco provável que tais direitos sejam retirados, mesmo por um Presidente LGBTfóbico.
Com tanto sofrimento para uma parcela significativa, fica o questionamento de quanto o Brasil perdeu por não deixar que cerimônias de casamento entre pessoas do mesmo sexo fossem realizadas. Talvez o avanço econômico no país poderia acontecer e isso causaria um efeito dominó culminando no aumento do turismo gay, injetando milhões na economia, o famoso “Pink Money”.
Segundo o IBGE, em 2018 houve um aumento de 61,7% nos pedidos de casamento entre pessoas do mesmo sexo, alguns casais alegavam através das redes sociais que casaram por receio da chegada de um Presidente conservador ao poder. Algo muito significativo que mostra mais um capítulo nessa história, a comunidade lutando para continuar com seus direitos conquistados. Estamos em 2020 e felizmente nada mudou referente ao direito do casamento entre casais LGBT+, o que é uma boa notícia.
Em geral existem gastos com um casamento, são alianças, convites, fotógrafos, banda, recepção, alimentação, roupas, ornamentação e documentação. Ao passar muito tempo sem apoiar cerimônias, o governo perdeu um valor inimaginável, fazendo com que uma parcela da população não pudesse casar visando apenas o preconceito.
Segundo uma nova pesquisa o casamento entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos injetaram quase 4 bilhões de dólares na economia americana. O estudo foi feito pelo Instituto Williams, ligado a Escola de Direito da Universidade da Califórnia e constatou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo aumentaram a economia em US 3,8 Bilhões (de dólares) desde a aprovação do casamento em 2015, representando cerca de 300 mil casais.
No Brasil não existe um estudo específico sobre isso e com o corte de bolsas nas universidades pelo atual Governo Federal, provavelmente vai demorar até que alguma pesquisa sobre esse nicho possa ser realizada. Mas visualizando o modelo americano, podemos ver que o casamento LGBT+ move o comércio e fortalece a economia do país, lembrando que essa é uma realidade de 2015 a 2020, e no Brasil os casamentos começaram desde 2011.
Uma crise econômica se instalou no mundo com o avanço da pandemia do Covid-19, é importante explicar que a comunidade LGBT+ projeta uma melhora significativa e todos os anos fortalece a economia do país, através das cerimônias de casamento, mas também através de Paradas do Orgulho LGBT+ que atraem turistas, festas e shows em bares ou boates que pagam seus impostos, além de uma série de outras atividades que tornam a parcela LGBT+ importante para que a crise econômica não se instale ou pelo menos reduza.
A comunidade LGBT+ precisa conhecer a sua força, para que não deixe que retirem os seus direitos, pois cada direito perdido é algo que lá na frente terá um peso muito maior não só na vida de quem foi prejudicado diretamente, mas na logística social, econômica e cultural do país.