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Homofobia – Irmãs são expulsas do Bar do Cuscuz em João Pessoa após se abraçarem.

Após se abraçarem num gesto de apoio entre irmãs, o subgerente do local as repreendeu e pediu que deixassem o local.

Duas irmãs passaram por uma situação de constrangimento e claramente homofóbica, no Bar do Cuscuz, em João Pessoa, nesta sexta-feira (26). De acordo com relatos recebidos, que foram também publicados em uma página no instagram, o gerente do bar abordou duas irmãs que estavam se abraçando, e convidou as moças a se retirarem do ambiente.

As irmãs registraram na última sexta-feira (26) um boletim de ocorrência na Polícia Civil contra o Bar do Cuscuz, de João Pessoa (PB), por homofobia. Segundo relato divulgado pela empresária Aline Melo, ela e a irmã teriam sido expulsas do estabelecimento sob a acusação de estarem “trocando carícias”. Na verdade, as irmãs tinham apenas se abraçado.

“Estava na saída do banheiro feminino conversando com a minha irmã mais nova, quando fui abordada pelo subgerente Nilton (Bar do Cuscuz – Joao Pessoa), acusando de estarmos trocando caricias no local e exigindo que nos retirássemos, pois segundo ele, estávamos incomodando outros clientes. No momento, estávamos conversando sobre uma situação delicada sobre nossa família, e grosseiramente fomos expulsas do ambiente”, diz um trecho do relato de Aline.

O subgerente em questão teria dito o seguinte: Vocês não podem ficar trocando carícias aqui, estão reclamando de vocês, pois tem um parquinho ao lado e todos estão reclamando. Peço para vocês irem lá para fora“.

Ainda de acordo com o relato, as meninas, que estavam acompanhadas de sua família, ainda chamaram seus pais para “provar” um certo grau de parentesco, a empresária conta que, junto aos seus pais, que aguardavam as irmãs em uma mesa, tentou questionar o funcionário que, segundo ela, “manteve o mesmo discurso de discriminação, dizendo que não poderíamos nos abraçar, mesmo sendo irmãs”. “Ao ser indagado por nossa mãe, ele simplesmente debochou de toda a situação, e afirmou que a conduta estava correta”, disse ainda, adicionando que ela e a irmã sentiram-se “agredidas e diminuídas”. A família saiu do estabelecimento e prestou um Boletim de Ocorrência.
Vale lembrar que mesmo se elas não fossem irmãs, não deveriam ser abordadas de tal forma. Sendo assim, o estabelecimento descumpriu a lei estadual nº 7.309/2003 e Decreto nº 2760/2006, que diz que discriminação por orientação sexual é ilegal e acarreta multas.

Após toda a repercussão negativa, o Bar do Cuscuz divulgou uma nota neste domingo (28) informando que tomou ciência do ocorrido e que vai “apurar o caso” para “responsabilizar os envolvidos”. – Porém a nota não pareceu mostrar de fato arrependimento por parte do estabelecimento, e não esclareceu nada sobre o ocorrido.

 

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